Está aqui um frio que não se pode.
Tenho o aquecedor no centro da sala para fingir que é aquecimento central, um poncho e uma mantinha pelas coistas e tirito tanto que a vizinha do rés-do-chão já me veio perguntar quando terminavam as obras aqui em casa.
Em contrapartida na rua está ameno.
Compreendo agora por que razão no Domingo se ouviam os sem-abrigo de Lisboa a recusarem a oferta do albergue de Xabregas "por causa das companhias" e a preferierem aquela outra bem mais generosa do senhor Carmona e do senhor do Metro.
Esta noite sou eu que ponho a cama na varanda!