Anda o mundo roto e chove como na rua.
É o que se me apraz dizer depois da última novidade: uma mulher lindíssima foi deslargada por um homem tão feio, tão feio e tão desinteressante que se devia dar por muito satisfeito pelo simples facto de respirar o mesmo ar que ela.
E a história repete-se...
Sabes bem, querido diário, que eu própria sou feia como a noite dos trovões. É público, não há que esconder. No entanto, quando comparada com Mr. Darcy, facilmente me tornava na mulher mais bonita à face da terra (e arredores, modéstia à parte).
Ainda assim, aquela criatura asquerosa teve a distinta lata de me enfeitar o totiço e não satisfeito ainda se achou no direito de contar a meio mundo pequenos defeitos meus. Físicos. Compreendo agora, claro, a razão de semelhante despautério: eu tenho pequenos defeitos... ele nem pequenas qualidades.
Há uns meses atrás foi a vez da minha amiga mais querida. Mais uma vez ela toda gira e ele certamente aparentado com o ogre verde que tivémos o privilégio de ver este Natal na Sic. Todo ele todo cheio de si, que queria mais e melhor e o camandér e o certo é que já o vi com uma fedúncia muito parecida com ele. Feia e verde. Tá bem melhor, tá!
Esta semana a minha outra amiga. Linda. Deslumbrante mesmo. Cheia de vida, humor, boa disposição. A mulher com que qualquer homem sonha. Ele um Zé Ninguém, incapaz sequer de seguir uma conversa, feio, 40 kg de ossos mal distribuídos por metro e meio de gente. Gente feia, claro! E careca! (tal como Mr. Darcy e o próprio do Ogre... ai tu queres ver que isto é mania de carecas?)
Não percebo.
Têm a sorte de partilhar o leito do amor com uma miúda gira e já se acham o Leonardo Di Caprio a gritar na proa de um barco qualquer!!!
E nós miúdas giras, sozinhas e a chorar pelos cantos por causa destes montrengos!!!
NÃO PERCEBO!!!