domingo, abril 10, 2005

Qual amor qual carapuça

No fundo, no fundo, tudo é uma questão de química.
Claro que o amor ajuda, mas sem química, nada feito.
Sem química, bem podem ficar com cãimbras na língua e tendinites nos dedos, que ao fim de duas horas de preliminares a única diferença entre nós meninas, e um poço alentejano em pleno Agosto é o facto de sofrermos de enxaquecas. E de nada valem os quilos de ostras (que além do mais são animais repugnantes e devem dar mau hálito) , o gengibre e o sexual-power-woman em doses industriais... Não dá.
Oh querido, sou eu que estou cansada... o problema não é teu... (forma airosa de dizer :não me excitas de maneira nenhuma, nem que fosses o último homem à face da terra, eu uma freira e o mundo estivesse para acabar)
Já quando existe química... ai valha-me nossossinhor... Um simples olhar chega para pôr a funcionar todos os desumidificadores das redondezas, num raio de 10 Km, na potência máxima... Em certos casos, e de acordo com as circunstâncias climatéricas, chega mesmo a formar-se um nevoeiro repentino e cerrado, absolutamente inexplicável, que se estende por toda a cidade, tal é o nível de humidade no ar.
É nestas alturas que surgem os alertas da Protecção Civil e os agoiros de que o Apocalipse está para breve...