Ouvi há pouco no rádio que Portugal é um dos países com maior número de mães a trabalhar.
Pergunto eu: quem é que faz estes estudos e com que intenção?
Só se dizia isto, embora a jornalista desse uma entoação negativa ao facto.
Ora bem, tudo depende do ponto de vista.
Para o Manuel Monteiro e tropa fascista, isto é concerteza mau.
Para mim, tanto pode ser bom como mau.
Será bom se a maioria destas mulheres-mães-trabalhadoras estiver feliz. É sinal de que Portugal, ao contrário do que se pensa, não é tão machista assim e reconhece o papel valiosíssimo da mulher na sociedade.
Será mau se a maioria, pelo contrário, está profundamente infeliz porque preferia estar em casa a cuidar dos filhos. É que por necessidade, andamos todos. Ninguém trabalha para aquecer (a não ser eu, claro, mas pregar a palavra do sinhor é muito mais valioso que qualquer ordenado).
E isto o estudo não diz.
Ora, se não diz, é porque não é importante. E se não é importante, porque raio é feito? Pior, para que raio é divulgado? Para quando um estudo sobre a percentagem de pais-trabalhadores?