quinta-feira, maio 25, 2006

BARDAMERDA PARA A PRIMAVERA

Como é bela a Primavera mais os seus fenos e pólenes e espirros e comichões…

Eu sou e sempre fui alérgica à Primavera. Sofro horrores todos os anos. Comichão no nariz, nariz entupido, tosse, nariz a pingar, comichão nos olhos, febre, nariz inchado… nariz, nariz, nariz… Durante estes dias tenho nariz e pouco mais.
Um outro mal muito comum em mim nesta altura são as conjuntivites.
Ano sim, ano não, lá tenho uma crise.
Mas ao contrário do que sucede com o nariz, as minhas conjuntivites são tão imperceptíveis que eu própria só me apercebo delas quando, uma vez passada a crise, reparo nas cicatrizes que ficaram na retina ou dou-me conta de que por momentos andei cega.
E foi exactamente o que se passou este ano.

Há dois meses atrás, mais coisa menos coisa, andava eu feliz e satisfeita com a Primavera, aos pulinhos e saltinhos e risinhos. Ai como é bela a primavera que me acelera o coração… e que simpática que é que este ano até me trouxe um rapazito simpático e que parece não ter falha nenhuma…
E não tinha.
A não ser uma (e é por isso mesmo que desta vez a conjuntivite deve ter sido super forte) : é homem.
Pois é. Tão cega andava eu que nem me apercebi deste pormenor importante.
É homem.
E como todos os homens é cabrão. Cê, á, bê, erre, á, ó, sem esquecer o til. Cabrão.
E eu lá esqueci a minha máxima de que os homens são para usar e deitar fora. Resultado: duas semanas de profunda angústia e sofrimento que agora chegam ao fim.
Pila por pila, ele há muitas por aí e eu é que não me chateio mais.
Volta o gordo-cabrão-cavador#1 que pelo menos esse não engana ninguém. Há ainda uma nova aquisição, já em Retretes do Meio, que concerteza será cabrão também mas pelo sim pelo não já escrevi por toda a casa (sabonete incluído): “os homens são descartáveis! Não usar mais de duas vezes seguidas!”, não vão os pólenes atacar-me outra vez…