Característica bem nossa é a nossa vaidade!
Assim que compra um modelito novo, o belo do português não descansa enquanto não o trouxer à luz do dia, nem que esteja a chover canivetes e se trate, na verdade, de um belo vestidinho de alças.
Mas acima de tudo, o português é discreto, ou tenta ser. Quer que se veja, sem se ver que quer que se veja.
Afinal, é isso que a senhora da mise (será assim que se escreve?) quer quando pede à menina "quero um penteado natural, para não se perceber que saí da cabeleireira"... normalmente faz este pedido inocente já depois de ter palha de aço em vez de cabelo, consequência natural dos três tubos de espuma e quatro de gel que permitiu que lhe despejassem em cima.
Mas o tuga é mesmo assim e os Alguideirenses não são excepção... e era vê-los hoje, em cada esquina, em cada cruzamento, como se nada fosse, com um ar falsamente aborrecido, a estrear orgulhosamente os coletinhos amarelos flourescentes que até fazem doer a vista.
Tiveram de os comprar, não foi? Passaram a ser obrifgatórios, não é? Então bute lá dar-lhes uso que isto fica bem é no corpito que o porta-luvas dá-se mal com esta côr.
Vaidades!