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E é isto.

Silêncio.

Um longo silêncio dentro da minha cabeça que me arruina a inspiração.

Na semana passada o meu cérebro fervilhava com posts-a-escrever. Assim, sem mais nem menos, lembrava-me deste ou daquele assunto sobre o qual tinha tanto a dizer. E imediatamente, em menos de dois minutos, o dissecava mentalmente, ponto por ponto, de tal forma que só me apetecia ter ali à mão uma pen e uma entrada usb na minha linda cabecita para que não tivesse sequer de esperar pelo computador. Ali mesmo guardaria todos os pormenores de mais uma tese brilhante sem correr o risco de algum me escapar por entre os cabelos com uma rajada de vento.

Tem calma, Brígida. Não escrevas tudo hoje, guarda para amanhã, para a semana, para o mês que vem. Se vomitas tudo de uma vez nunca mais ninguém te lê.

E não escrevi.

Por diversas vezes ponderei a hipótese de os pôr todos em draft e ia usando à medida que a fonte secasse.

Mas não o fiz.

Não aproveitei a minha fúria criativa e agora é isto.

Foi-se-me a inspiração.

E a inspiração é também a base do meu trabalho... conclusão: um dia inteiro na sacristia e nada! Não fiz absolutamente nada.

Estar feliz faz-me mal. Muito mal.

A minha sorte é que tenho já uma discussão com puxões de cabelo agendada para amanhã e passa a estupidez.

Ela há-de voltar!

A inspiração, claro.