quinta-feira, dezembro 29, 2005

Querido Diário

Tive ontem um jantar maravilhoso, organizado pela minha prima Frigolina Cristiana Rabecada, com uns primos distantes que só conhecia de nome e de históriazitas de família.
Adorei. Adorei. Adorei.
E foram todos uma agradável surpresa.
Embora nunca os tivesse visto escrevemo-nos de vez em quando que a minha mãe sempre me obrigou a mandar as boas festas a toda a gente. E achei engraçado ao facto de aqueles que me pareciam ser mais sérios, serem afinal de contas os donos de qualquer festa e get together. Se calhar por isso mesmo: quem já tem piada por si próprio não precisa de dizer disparates quando escreve.
À Pitrocínia Gaspar achei eu um piadão e fiquei fã incondicional. Acho até que vou fundar o clube de fãs na net, com direito a cartão de membro e t-shirts de groupies e tudo. Espontânea e divertida e engraçada e gira, ainda por cima.
À minha frente estava a Carmenzita Cartola, muito simpática também. Imaginava-a mais velha e foi com espanto que vi chegar uma mecita com aspecto pouco mais velho que eu (se calhar sou eu que estou com ar de adulta). Engraçada, calmita, mãe de família. Gostei.
Ao meu lado sentou-se a minha prima Frigolina que amo de paixão, como diza o outro. Mas essa eu já conhecia e até tinha a sensação que éramos íntimas no meio de tanto deconhecido. Quanto a essa pouco há a dizer... gira como sempre, divertida e faladora, enche a casa e fala bem. E se eu gosto dela!
Logo depois estava a Claudete Liliana que também me surpreendeu. Tanto ela como a Tânia Vanessa, que as fazia às duas mais velhas ou pelo menos com um ar não tão jovem como se apresentaram.
A Claudete, além de muito bonita, tem ar de ser amorosa e só tenho pena de não ter podido conversar mais com ela mas estas coisas já se sabem... mesas corridas e muita gente... e timidez de parte a parte dá nisto. Para a próxima concerteza será diferente.
A Tânia Vanessa, gravidíssima, quase nem se podia chegar à mesa tal era o tamanho da pança (quase tão grande como a minha). Outra com ar de adolescente mas toda gira e divertida e extrovertida e sei lá mais o quê que gostei da rapariga e gostei mesmo. As maiores felicidades para o rebento, menina!
Logo depois estava a Marcolina que não consegui conhecer e com excepção do "Boa Noite" e "Muito Prazer", não trocámos palavra. Tenho pena mas mais uma vez, fica para a próxima que há-de haver uma próxima nem que eu me abale de Alguidares de propósito para isso.
Por fim, last but not least, o grande Norberto Esperancino, que é outro que, tal como a Frigolina e a Pitrocínia, faz a festa e brilha naturalmente. Os 3 juntos é gargalhada garantida e a certeza de que a conversa não morre nem o assunto esgota.
Gostei de todos e de cada um em particular e só tenho pena que o tempo teime em passar quando não deve e que alguns tenham de ganhar a vida e o pão de cada dia com o suor do rosto e logo às 6 da manhã (ou às 6h15).
A desilusão da noite terei sido eu mesma que ninguém acredita que por trás de tanto disparate está na verdade uma mecita tímída e sogadita com uma grande dificuldade em abrir-se* e dar cúnfias a desconhecidos, mesmo que haja por vezes a falsa sensação de que esses desconhecidos são amigos do mais íntimo que pode haver...
Prometo que na próxima vez estarei melhor.
Um grande beijinho para todos!
*até porque os meus pais diziam-me que é feio uma pessoa abrir-se em público, mas aprendi ontem que se se for, ou aspirar a ser, rei de uma qualquer província ultramarina do nosso império, não há problema.
P.S.- criançada, podeis identificar-vos se quiserdes.