segunda-feira, julho 17, 2006

Odeio

Odeio, odeio e odeio.
Tenho-lhes um asco que não os posso nem ver, logo agora que estão pela cidade toda!
E aí andam eles, de chinelete no pé e calçanito fresquinho, boas cores e ar descansado enquanto a menina se encolhe em vestidos demasiado quentes e demasiado justos e demasiado desconfortáveis e caminha, desconfortavelmente, em sapatos de bem parecer e salto alto a desafiar a gravidade e a arrisacr sérios problemas na coluna, com olheiras até ao chão e pelintra que só ela que isto de trabalhar madrugada dentro não dá saúde nem dinheiro a quem, como eu, tem preço fixo, seja de noite seja de dia.
Eu por mim era pôr a hora mais cara à noite, tal qual os taxis, a ver se estas alminhas não pensavam duas vezes antes de chatear o juízo a quem de facto trabalha, já mesmo ao fim do dia com emergências e urgências tolas. Qué lá isto? Por algum acaso tenho cara amarela e letras azuis na testa?
Irra!
E de cada vez que saio do meu buraco para me abstecer de mantimentos, que não há quem se aguente em pé tanta hora sem alimentícimo no cérebro, como dizia uma amiga minha, ei-los outra vez, a falar como quem se vai votitar todo, morenos até à raíz dos cabelos, prontos para mais uma noitada de borga.
Ai como os odeio!
Cabrões, cabrões, cabrões.
E só para os foder a todos hei-de ir eu de férias lá para a terra deles, exactamente na altura em que estiverem todos brancos e esquálidos e fartinhos de trabalhar.
E tenho dito!