sábado, dezembro 31, 2005

Dia 31 de Dezembro de 2005

Querido Diário,
É chegado o momento dos balanços e das novas resoluções.
O ano que agora finda não foi, apesar de tudo, mau. Aliás, se o 2006 for tão bom como o 2005 já fico satisfeita.
Aprendi muito este ano, cresci muito, mudei muito. E embora tenha sido por vezes doloroso não fiquei com traumas nenhuns e posso dizer que o ano até nem acaba mal. Podia ser melhor? Claro que sim. Pode sempre ser melhor e é isso que nos faz caminhar para a frente.
No sector profissional as coisas só podem agora melhorar e tenho a certeza que 2006 será o ano das grandes mudanças. E nem é precisa a Dra Maria Helena Martins que isso sei eu e sabe toda a gente. Ver-me-ei finalmente livre do meu pastor e outros pastores virão, talvez tão ou mais cabrões que ele mas cá estarei eu e cá estarás tu para nos aguentarmos à bronca. Juntos conseguiremos.
Homens... bom, quanto a isso é melhor nem falar.
Digamos que tive um bom ano e acabei em beleza. Ou mais ou menos que há o cavador #2, maior cabrão de que há memória (bem, o maior de todos não será que esse lugar é orgulhosamente ocupado pelo Mr. Mark Darcy e é difícil destroná-lo), mas isso fica para um outro texto.
O Pai Natal, sendo homem, é outro que tal e trouxe-me afinal de contas um presente envenenado. Decidi que já não acredito nele e passarei, a partir do próximo ano, a dirigir-me à Mãe Natal que essa sim deve entender as angústias e os dramas por que passa uma mulher solteira e independente e menor de 30 em pleno século XXI.
Decidi também que em matéria de sexo o ano que amanhã começa será muito diferente:
farta de filhos-da-puta como estou e porque de facto os homens não têm emenda*, vou tornar-me lésbica. Por via das dúvidas, que nestas coisas tenho sempre sorte, comprei já um vibrador que é a partir deste momento o meu melhor amigo e único amor. Como ainda nos conhecemos mal e aquilo é um monte de peças que se encaixam e tenho medo que se percam dentro de mim, não o uso sem preservativo que é a garantia de sexo seguro no verdadeiro sentido da palavra (imagina-me chegar ao hospital a dizer que tenho metade de um vibrador dentro de mim!!!)..
E assim continuarei, em 2006, a ser esta fabulosa mulher solteira, independente e muito bem acompanhada e com o mesmo lema de vida: por homens e cães ninguém tenha paixões.
A todos: um 2006 FENOMENAL.
*sei que há excepções, mas se até os cabrões estão "tomados", imagine-se os homens de bem... esses estão ancorados e selados com lacre que as respectivas têm perfeita noção da crise que assola também este mercado e da sorte que tiveram: não os largam nunca mais e a mim restam-me as sobras tão más tão más que em para limpar os pés e cuspir em cima servem!