sexta-feira, novembro 18, 2005

O prometido é devido!

Após uma longa e acessa reunião, conseguimos finalmente chegar a acordo.
E aqui estou eu, em nome de Mademoiselle Cremilde e moi-même, a divulgar em primeiríssima mão, os requisitos mínimos que o belo cavaleiro andante que tiver a ousadia de pretender fazer-nos companhia deve preencher. Atenção Cavalheiros que os requisitos, escusado será dizer, são cumulativos! Analisando a coisa a frio, até nem me parece que sejamos muito exigentes.
Como chegámos a uma lista bem grande, os diversos items serão divididos em dois posts (pelo menos).
Ora então aqui vai.
REQUISITOS FÍSICOS (comecemos pelo melhor):
- O rapaz tem de ser grande. Não queremos gente do nosso tamanho que pequenas bastamos nós (rondamos os 165 cm). Tem de ter pelo menos mais 10 cm que nós para que nos possamos passear lindas e louras e elegantes em bonitos saltos altos ao lado deles sem parecer ridículo (já diz a minha avó que não há nada mais feio que uma mulher mais alta que o seu par). Mas também não pode ser alto demais que nós também temos de brilhar.
- Deve ter uma boa postura e as costas largas. Não há cá marrecos e muito menos costinhas de menina. Há que ter o que apertar, o que abraçar, e com a noção de que estamos a abraçar um homem e não uma mulher. Magricelas: esqueçam!
- Pêlos q.b. (e quanto a isso já tive a oportunidade de me pronunciar). Fora com os depilados! Homem que é homem tem pêlos no peito, na barriga, nos braços e nas pernas e foge como o diabo da cruz das ceras e cremes depilatórios. Mas atenção que não queremos cá nenhum Tony Ramos! Pêlos nas costas são perfeitamente dispensáveis e convém que se veja alguma pele no resto do corpo.
- A voz tem de ser profunda e envolvente (também já falei sobre o assunto). Nada de vozes fininhas e púberas. Voz de homem à séria (mas sem ser de bagaço). No meu caso, se for ligeiramente rouca e grave será excelente.
- O sotaque também é importante. Nem betos nem parolos nem pronúncias de bairros sociais. Nada de trocar b's por v's, pôr i's onde não existem ou pronunciar mal palavras que terminem em o (tipo parve em vez de parvo).Ou seja, eliminados estão já os algarvios, setubalenses, ribatejanos, transmontanos, minhotos e beirões que usem o sotaque das suas terras.
- O rabiosque: tem de ser redondinho sem ser gordo. Apetitoso. Daqueles que apetece apertar (e são muito poucos). Glúteos no sítio que se eu sofro também eles têm de sofrer e não custa tanto assim.
- As pernocas devem ser bem torneadas e de músculos definidos. Não queremos pernas fininhas e/ou flácidas de quem nunca na vida deu sequer um chuto na bola.
- O cabelo? Aqui somos mais flexíveis. Sendo latinas, apreciamos um homem de cabelos escuros e olhos claro, mas abrimos excepções, nomeadadmente para alemães louros que sejam catequistas e missionários lá para trás do sol posto.
- As mãos são importantíssimas! Devem ser cuidadas mas sem paneleirices. Nada de verniz nem limas que o Esquadrão G e o Zé CB andam mas é a amaricar os homens portugueses e disso gostamos pouco. Devem ser fortes e protectoras, contudo bonitas e meigas. As unhas sempre cortadas e limpas que somos asseadas e não gostamos de porcaria.
- O olhar tem de ser muuuuuiiiiito expressivo. Daqueles que quase falam. Não há nada que me derreta mais que um par de olhos claros a olharem tão fundo nos meus que quase me sinto violada na minha intimidade. Daqueles que parece que me vêem até os intestinos! O nosso cavaleiro andante deve falar com o olhar, seduzir com o olhar, rir com o olhar.
- A boca tem obviamente, de ser bonita. Os dentes direitinhos, brancos e arranjados (fora com os dentes podres e chumbados com aquele chumbo preto do antigamente). Os lábio carnudos que apetece mordiscar completam o quadro e transformam tudo num sorrisso lindo porém natural e sincero.